sexta-feira, 25 de setembro de 2009

A Forte e a Inocente

Meus olhos já não tem o mesmo brilho,
Meu sorriso já não se abre tão facilmente.
Minha pele, já teve mais viço,
Minha expressão se pega indiferente.

Os sonhos já não são tão coloridos,
A vontade de realizar, já não se faz tão presente.
Pequenos prazeres não tem o mesmo sabor,
Parece difícil ser contente.

Tive que agir contra mim mesma,
Mesmo que por defesa, um crime cometi.
Fiz o que temi a vida inteira,
Endureci.

Guardei a essência pura e simples,
De uma alma brincalhona e saltitante,
com sonhos bobos e felizes,
Em um local, muito, muito distante.

Vesti a couraça de mulher forte,
Pra proteger uma outra inocente.
Que ainda teima em lembrar,
de coisa que não se fazem mais presente.

De coisas simples e tolas,
Do cotidiano cheio de cor.
De quando tudo fazia sentido,
Da vida cheia de amor.

A forte prioriza a razão,
Toca a vida, segue em frente.
Deixa os sonhos no passado,
Vive o dia, o presente.

Essa batalha, não se vence,
Pois sou a forte e a inocente.
Dia uma, dia outra
E assim se vai em frente...

Joanna

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